top of page

Estudos com fórmulas infantis não são confiáveis, aponta revisão sistemática

  • Foto do escritor: Juliana Couto Melo
    Juliana Couto Melo
  • 4 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura



Uma revisão sistemática publicada em Outubro de 2021 demonstrou que estudos envolvendo fórmulas lácteas trazem falta "quase universal de transparência e evidências de publicação seletiva de resultados nos estudos". A revisão torna evidente, também, o ponto nevrálgico dos estudos de fórmulas: o conflito de interesses, o perigo tangenciado de ferir o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, a partir de uma narrativa óbvia e que favorece a indústria, já que houve "exclusões inadequadas de participantes da análise e publicação seletiva de resultados"


Intitulada Conduct and reporting of formula milk trials: systematic review (Condução e Publicação de Ensaios com Fórmulas Lácteas: uma Revisão Sistemática), com tradução Kátia Galeão Brandt, Profa. de Pediatria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), aponta questões, no mínimo, problemáticas.


Os estudos não são confiáveis

A conclusão é objetiva: "Nosso estudo sugere que os ensaios com fórmulas não são confiáveis e podem não proteger adequadamente os participantes dos ensaios. A indústria de fórmulas está intimamente envolvida em pesquisas com fórmulas, as descobertas são quase sempre relatadas como favoráveis e existe pouca transparência sobre os objetivos do teste ou a divulgação dos resultados. Nossas descobertas apoiam a necessidade de uma mudança substancial na conduta e relatórios de testes envolvendo fórmulas para proteger adequadamente os participantes de danos e proteger os consumidores de informações enganosas."


O que é o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno?


Segundo o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, o Código Internacional "é uma recomendação internacional de saúde pública para regulamentar a comercialização de substitutos do leite materno, adotada pela Assembleia Mundial da Saúde (AMS) em 1981."




No Brasil, a regulamentação se dá por meio da Nbcal (Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras). Segundo da Ibfan, a Nbcal corresponde a um conjunto de regulamentações sobre a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até três anos de idade: como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras. O objetivo da NBCAL é assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que não haja interferência na prática do aleitamento materno.




Para ler na íntegra a revisão sistemática, faça download abaixo


Para ler na íntegra a tradução resumida de Kátia Galeão Brandt, faça download abaixo.



  • White Facebook Icon
  • White Instagram Icon

© 2024  por Estúdio Uniqua e julianacouto.com.
Design for Life criado por wix.com

OBRIGADA!

Quer falar de (ou escrever sobre) amamentação? É aqui mesmo. Na Matrice. É por meio dela que somos sensibilizadas, instigadas e seguimos em frente. Um grupo de apoio para amamentar, para uma maternidade ativa e consciente, uma rede de apoio para todas as mulheres lactantes e seus bebês.

bottom of page